Gostei muito desta frase, fez me questionar...
Fui novamente aquele "clube", talvez seja um dos locais onde mais me inspira, talvez pelas pessoas que o frequentam e pelas conversas ou temas que lá são expostos. Conversamos sobre sexualidade e como a educação nos molda aos parâmetros " normais ".
Por entre algumas confidências pessoais da sexualidade de cada um, ouve um rapaz que me disse a frase da noite, a frase que me faz escrever este texto. Ele me disse: " as memórias do corpo são as mais difíceis de apagar ".
Entrei em choque com as minhas crenças e com o meu conhecimento, revi a minha vida em questões de segundos.
Veio me a cabeça a questão dos amputados, mesmo sem o membro amputado sentem dor, por isso a frase tem o seu sentido.
Será que o nosso corpo tem assim tantas memórias? Será que somos marcados por memórias por tudo que nos dá sensações? Será possível haver memórias impossíveis de apagar?
Questiono então outro tipo de memórias, aquelas memórias que nos marcam a alma, memórias que nos transformam que criam amarras invisíveis... Serão estas marcas da alma, o papel químico das memórias do corpo?
De uma coisa eu sei, sei porque sinto e senti, sei porque as vivo e vivi, somos peças de barro, somos moldados constantemente, por mais barro que nos acrescentem ou por mais alterações que façam, somos o que somos por todo o processo de construção que temos somos as memórias do passado...
As memórias do corpo não são controláveis, porque não são conscientes, claro que isto não serve de desculpa, mas para mim serve de consolo. Tomei a consciência que tenho memórias profundas em mim, memórias de uma vida vivida por mim que me marcou o corpo de memórias.
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